


Penso que hei-de morrer, ai... brevemente
Pois da velhice pesam-me os invernos;
Que hei-de ascender aos gozos sempiternos,
Aos pés de Deus, magnânimo e clemente.
Em plena luz vivendo alegremente,
Do mundo esquecerei negros infernos,
Meus cânticos soltando, ledos, ternos,
Num poema de Amor, efervescente.
Mas quem há-de amparar-vos, ó meus filhos??
Seguir-vos na aspereza destes trilhos??
Incutir-vos coragem p’ra viver??
Tendes outros afectos... sei-o bem!
Mas não tendes, não tendes outra Mãe...
- Então choro... com pena de morrer!...
Maria Veleda, 1931
Maria Veleda, bisavó da minha Amiga e Colega, Maria José Franca Miranda, foi uma grande lutadora pela Implantação da República e grande defensora dos "Direitos e da Independência das Mulheres".
Mas, para além destes notáveis predicados, foi uma POETISA maravilhosa.
Com um grande abraço de felicitações para a Zé transcrevo, com sua autorização, este poema da sua Bisavó.
Parabéns Amiga.
Beijinho da Lena
Gosto do poema e reverencio a grande mulher que foi Maria Veleda. O seu exemplo faz nos orgulhosos de ser seus compatriotas.
ResponderEliminarLenita:
ResponderEliminarNão conheço a autora deste poema,mas que dá um certo arrepio, gostei imenso!!
Bjs
Margarida
Margarida:
ResponderEliminarPor enquanto, os poemas desta Poetisa ainda não foram publicados; daí não a conhecer --- é conhecida sim, mas como uma das Mulheres Famosas que lutaram pela Implantação da República e que lutou pela Liberdade e Independência da MULHER!
No entanto, os seus POEMAS irão ser publicados, assim que seja possível, pela sua bisneta --- nessa altura conhecê-los á.
Beijinho da lenita